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Festival de cinema. Festival de amigos. Festival de inverno. Festival de ventos-norte. Festival de capuccinos. Festival de rodacine. Festival de vinhos e pipocas. Festival de santa maria. Festival de final contemporâneo. Assim, nem feliz, nem triste. Festival de final sem fim.

Ai de mim.
Ai de mim.

E que segunda as coisas estejam serenas. Pra todos nós cinco.

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caraleo

Fazia tempo que não tinha a cara enfiada no teclado. Acordou meio assustada, pés congelados e um TGHYJUKILO na bochecha esquerda. Caraleo, pensou a guria, são quatro e meia da madrugada mais fria e eu ando sem meias. Caminhou até o sofá, derramou a garrafa de vinho, soltou mais um caraleo, se embrulhou em algum casaco e dormiu até agora.

Acordou de novo. Sol na cara. Meias-sujas-embriagadas. Cinzas. Livros. Meio-artigo. Meia-mochila-de-viagem. Meia-manhã. Caraleo, disse a moça de novo, feliz com o sucesso da festinha dela mesma. Caraleo dizia enquanto vestia a primeira roupa e se preparava pra sexta de quarta!

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Ela chegou toda destrambelhada. Mochila pesada, cadarços soltos, cabelos embrulhados. Ele estava esperando. Todo lindo. Braços abertos. Cigarro aceso. Sorriso brilhante. Ela sorriu. Ele abriu os braços e veio. Ela abriu os braços e foi. Caiu a mochila. Caíram as cinzas. Eles ficaram lá, hora e meia mais ou menos. Chovia fino. Ventava frio. Lado a lado. Embaixo da marquise. Sobre os degraus do antigo empório doméstico. Ele convidou pra entrar. Ela preferiu ficar fora. Conversaram. Conversaram sobre todas as coisas que não devem ser convertidas em bytes, jamais. Depois de toda conversa e nãoseioque eles entraram na luz amarela. Mochila no canto. Violão no chão. Frio. Ele abraçou ela. Ela se encolheu nele. Dormiram. Enroscados. Cheios de tudo. Exaustos de nada. Vazios de amanhã.

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Eu e eles.


Não são meus,
Nunca foram,
Nenhum dos dois.

Nenhuma delas,
Gosta de mim.
E eu, gosto das duas.
E eu, gosto dos dois.

Fomos dois, e era bom.
Embolou tudo.
Hoje somos cinco.

E de cinco, não se faz canastra,
E de cinco, não se faz quadrilha.

O que dá pra fazer de cinco, é viajar de carro.
Mas nenhum hotel de posto vai abrigar todos nós.

E aí?

Eu pego a minha mochila e caminho até a estrada,
Deve haver alguma boléia nesse mundo que goste de pares.
Que goste de PAR.

E se ele parar pra mim, vou quebrar até o triângulo de sinalização. Chega. Né?

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medida de amor.

Sabe quando aperta, aquela sensação que estrangula e parece que vai te faltar o ar? Aí passa tudo, tuuuuudo mesmo na cabeça… aí a gente se joga pra traz, inspira fundo e tranca o ar, pra preencher o vazio. Aí pensa em rir, pra parecer descolada. Aí depois resolve ignorar e tudo bem. Mas sabe que não vai ser assim. E sem nem entender bem os motivos. Sem nunca ter entendido…

E tudo bem. Serei sua até domingo.

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das coisas da vida

Temos boas intenções, mãos tão iguais, gostos in-musicais para poucos… Eu com meus Betos Barbosa, tu com teus Le Tigre tanto pensando que algo entendo de música, e que se não entendo, pelo menos trago bom-gosto. Eu com minhas dúvidas, tu com tuas certezas e tuas dúvidas. Eu com meus sonhos, tu com as tuas realidades, me ensinando que dá pra viver abaixo da nuvem, mas que é cruel. Eu com meus choros, tu com teus silêncios. Nós dois com nossos silêncios. A luz vermelha, o sono, o sonho, o elefante, o absinto, o medo, a dúvida, o cansaço, a confusão das horas, das letras, dos fatos. O prazer, as borboletas, o beijo, o dormir enroscado. O almoço, o vinho, o computador. O sol de tardezinha, as batatas de bolinha… “obrigada por ter vindo”/ “que bom estar aqui”.

A gente só não precisa se machucar.

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Dia mau.

Meu chefe foi demitido (do outro trampo).
Um grande trabalho da agência, com uma tiragem imensa, foi devolvido pelo cliente.
Parece que deu confusão.
O nosso designer massa ficou estranho. Ele fechou por milímetros mal um arquivo da tiragem acima. Foi tudo muito corrido. Agora ele desligou o computador e foi embora. Sabe-se lá, tomara que eu o veja amanhã.
Eu, euzinha tive encrencas com um fornecedor, por pura falta de informação.
Ta todo mundo mal humorado. Demais, pro meu gosto.

Eu sigo com umas borboletinhas no peito. Um baixo na cama. Chocolates no chão…

Ar de demissão. Quem sabe logo. Quem sabe hoje ainda. Ê vontade de jogar a papelada pra cima!