Categorias
Sem categoria

_ tua mãe comentou que tu ia voltar
_ pois é…
_ mas o que aconteceu?
_ nada, só voltei.
_ logo tu… nunca pensei que

[levantei as sobrancelhas e baixei os olhos girando o rosto uns 30º pra esquerda e pra baixo como em um olhar reprovativo de quem diz: veja o que vai falar]

_ logo tu… nunca pensei que ia desistir, sempre tão corajosa…
_ quer uma verdade ou um consolo?

[ele riu, ficou com medo]

_ você merece um consolo: eu sempre estive errada naquela minha convicção de moçafortaleza.

Categorias
Sem categoria

Carlotta – O Retorno II

Era exatamente uma hora da tarde quando pensou em ficar nostálgica. Sabe que era exatamente uma hora da tarde porque foi o momento exato em que fechou o notebook e levantou os olhos para a sala do chefe. Pensou em ficar nostálgica porque não havia ficado desde o dia que havia decidido partir. Até conseguiu quando pensou que agora não teria mais uma casa só dela nem domingos onde esmurrava o próprio coração pra fazer poesia. Mas logo passou e não conseguiu recuperar sequer um instante de nostalgia. Diferente da última vez em que partira levando consigo todas as memórias da cidade e das pessoas, agora só no que pensava era em atravessar logo aquela avenida de três partes e construções de mau gosto e encontrar a família, a velha casa e a nova mudança.

Uma nova mudança aconteceu.
Ela voltou mais madura. Menos encantada. Talvez mais forte. Menos deslumbrada. Muito mais serelepe. Menos simpática. Mais dura. Mais encouraçada. Até mais cruel, eu acho. Voltou com menos cabelos e mais peso. Com mais livros e mais causos. Com um novo ex-chefe e um novo futuro-trabalho. Voltou com mais sonhos e menos promessas. Voltou mais ela. Menos eles. Voltou, de novo. E vai ficar pra sempre. Pra sempre até que chegue a hora de partir.

Categorias
Sem categoria

FELIZ
imensuravelmente

Categorias
Sem categoria

Sorte de hoje:
Um grande homem sempre recebe a ajuda de outros grandes homens.

Categorias
Sem categoria

mania

ingênua ambição, essa minha
querer pintar o mundo daquela cor
que a gente só sabia
quando de costas no gramado
segurava nas mãos um do outro

e fingia…

Categorias
Sem categoria

chorinho

Sabe o que acontece?
Não consigo trabalhar sozinha.

É. Aprendi desde a minha primeira aula em comunicação que trabalhamos em duplas. E assim foi até eu vir parar aqui. Nem que a dupla estivesse só ali, servindo o café ou o martini. As idéias têm rima, tem dança, tem graça quando são criticadas no ato, ainda que não sirvam de nada. Montoeiras de papéis com rabiscos de idéias não sevem de nada quando nem a gente – o fazedor da idéia – tem qualquer segurança sobre ela. Não, eu não quero um parque de diversões todo colorido e musical, eu só quero poder falar: “bah, o que tu acha disso?” E quero pode falar disso com alguém que tenha discernimento. Quero poder falar disso com alguém que tenha vontade de fazer o melhor. Com alguém que entenda o que eu digo quando cito um Carrascoza da vida e lembro alguma justificativa semiótica. Se eu não produzi nada interessante nos últimos cinco meses aposto que a culpa não foi só minha. Um passado de mini-brilhantismos não pode ter se apagado ao descer em uma rodoviária marrom. Não… Tem muito mais de peso, tristeza, recalque, paredes coloridas que agonizam toda vez que olho pra elas. Longe de ser uma estrela, uma magnific em qualquer merda, eu sou uma aprendiz que não tem vontade de deixar nada por isso mesmo.. E também não vou embora me sentindo uma qualquer. Também não vou embora arrasada. Eu vou com pena de quem fica, porque não vale a satisfação de tirar o sapato no final do dia e esticar todos os dedinhos. Não vale mesmo.

É isso.

Categorias
Sem categoria

kikitolândia – a maquete pópi

Depois de um final de semana cheio de novidades (entre elas, um emprego com bar na esquina), cheguei na kikitolândia. Vale contar que fiquei no mínimo uma hora caminhando pelo aeroporto com uma mochila de 50 kilos nas costas procurando o dito translado… vale contar também que “atuei” de “pessoa importante” pra viajar grátis… e dá pra conclui daí que o meu humor sonolento por aquelas curvas estava dos piores… Enfim, cheguei… roupinhas pra 7 dias no armário, sol na janela, pernas de fora. Fiz o cadastro, encontrei as meninas e filmes. Muitos, muitos dos deliciosos… Dois daqueles de não reagir até dar-se conta de que precisam de uma reação, e por favor, de uma reação inteligente.
Noite de fondue, taxista gente boa, circuito de vetês que marcaram a história da propaganda – alguns inéditos, juro. Basicamente era dormir bem e acordar com o humor pipocando. Terça feira de praia, não fosse em Gramado. Na terça eu e a Ellen – amiga do pente rosa e das botas cor de caramelo – já fazíamos planos de retirar flores dos canteiros… nos parecia demasiado ordenada, a cidade. Tomar cervejas na padaria da rua coberta quatro da tarde. Tomar cafés free da nescafé toda a hora do dia. Chocolates no palácio. Palhaços no Palácio. Senhoras e Crianças narrando filmes. Carla e gurias irritadas pedindo “pxxx”. Palácio todo fazendo “pxxx”, um fiasco. Era filme que rodava com janela errada. Era filme que rodava com três legendas em DVD. Era filme desfocado. Era filme de história comum, planos comuns, espectadores comuns. Era documentário que podia virar mini-séria. Era mestre de cerimônias bêbado. Era poeta fazendo protesto no meio da prmiação (poeta que nos leu poema por 35 centavos, hehe). Era filme besta. Era filme bom. De todos os tipos, pra todos os prêmios, pra todas as críticas.
Teve boliche, teve festinha com bebidinha free, teve até foto recebendo galgo alheio com luz direcional, discurso e aplausos.

Foi bacana ir, pra ver que não quero mais. Falcatrua de festival. Tapete vermelho humilhante. Prêmio pra todo mundo, prêmio pra ninguém. “Vá ser pop em hollywood”, falou um senhor simpático no celular enquanto eu esperava na fila do café.

Recomendo:

“Otávio e as Letras”
“Cobrador – in God we trust”
“El baño del papa”.
Categorias
Sem categoria

Voltei da kikitolândia, da cidade-maquete pra qual não prentendo voltar tão já. o meu filme preferido nem foi premiado, mas o bom é que pra mim ele funcionou, pra mim e pra outras senhoras curiosas de cinema.

To cansada, irritada e meio doente.
Amanhã me disciplino e escrevo um texto coerente.

Categorias
Sem categoria

resumão.

Depois de consideráveis horas sem dormir e com a mente ainda em alerta, pensei numas cousas bacanas:

.
isso tudo tá uma droga porque não consigo escrever uma linha decente sobre tudo o que aconteceu desde sexta-feira. Mas como eu disse: foi bacana.

– – –
Tô indo pra Kikitolândia amanhã. Tenho um novo emprego e outro novo sobre o novo. Tive um garoto no meu lado na mesa do almoço de domigo. Depois na minha cama, rooooonc.

– – –
Enfim, to indo pra kikitolândia e volto só depois de comer fondue.

Categorias
Sem categoria

tchurum.

eu vou
eu vou
pra casa, trá!
eu vou!

– – –

eu vou
eu vou
cagar
à
pau
eu vou!