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Regressiva II

Cinco dias sem carboidatros. Quatro unhas sem esmalte. Três quilos menos gorda. Dois anúncios publicados. Um joelho doído. Zero pilas na carteira.

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Sei que às vezes da vontade de gritar.
Sei que tudo há de vir no seu devido tempo.
Se eu falar bem alto todos vão me escutar.
E se eu cantar, baixinho?

_ludov

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Regressiva

Três dias sem carboidratos. Duas noites sem dormir. Um namoro terminado. Zero minutos pra começar o brain.

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E tudo bem. Chove em Santa Maria. “Os Hematomas todos no Plexo Solar, O Coração rasgado”. Tudo bem.

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FOI ENCONTRADO UM BOTÃO DE OURO ENVELHECIDO

Com aproximadamente 1,5cm de diâmetro e pesando menos de 15g, o botão foi encontrado, por volta do meio-dia do dia 25 de setembro de 2007, na Rua Astrogildo de Azevendo, quase esquina com a Rua do Acampamento, em direção à Riachuelo (desceeeendooo!). Carla Arend, publicitária de 21 anos, declarou à imprensa que avistou o botão a, no mínimo, 4 metros de distância. “Brilhava muito e emitia sons eruditos”, contou-nos, entusiasmadíssima a jovem que acabara de batizar o botão de “Blanc”.

Enquanto o proprietário do botão não procura-la e provar que é o dono, Carla Arend promete não entregar o botão a ninguém, nem sob ameaças judiciais. Disse que esses presentes mudam o rumo da vida de qualquer indivíduo e que não considera justo que sejam afastados, a menos que eles – referindo-se aos presentes – desejem.

Carla Arend aproveitou o intervalo do almoço para fazer compras com o botão e mima-lo com muitos carboidratos. Não foi trabalhar esta tarde e planeja viajar com “Blanc” na próxima semana. “Quem sabe para Dilermando de Aguiar”, acrescentou a garota com os olhos cheios de esperança e amor.

Bacana, romântica e delicada, Carla Arend nos enviou esta nota alertando que servirá para puro descargo de consciência, afirma ter certeza de que “Blanc” foi abandonado e saberá valoriza-lo mais do que qualquer outra pessoa.

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Chorando, retiraram seus corações como quem retira pérolas de ostras, observaram as manchas, pensaram em polir e recolocar, não fizeram. Apenas retiraram seus corações do peito tão cuidadosos como quem retira pérolas de ostras e deixaram expostos sobre as cinzas dos cigarros recém fumados. Então dormiram tão abraçados como se fossem apenas um. Ou tentaram.

Pela manhã, os corações estavam secos.

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O que temos que ter sempre em mente é que o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes do fluxo de informações. Por outro lado, a determinação clara de objetivos auxilia a preparação e a composição do remanejamento dos quadros funcionais. Não obstante, a necessidade de renovação processual obstaculiza a apreciação da importância do processo de comunicação como um todo. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a percepção das dificuldades aponta para a melhoria do retorno esperado a longo prazo.
Gostaria de enfatizar que o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos representa uma abertura para a melhoria da gestão inovadora da qual fazemos parte. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com a constante divulgação das informações estende o alcance e a importância das condições financeiras e administrativas exigidas.

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Feliz Primavera

Há exatamente um ano acordei em Buenos Aires e a casa estava cheia de flores. Todo mundo se abraçava e desejava “Feliz Primavera”. A Lilly pendurou jasmins nas paredes da sala, o Fede andava se fresqueando com uma coroa de mato e alguém roubou um cartaz de quitandeiro, com flores de PVA. Nessa época ainda estavam o Ricky e o Papito, provavelmente tenhamos encerrado o inverno com vinitos y papas fritas! hehehe…

Bem que por aqui as coisas podiam ser assim, embora eu preferisse estar desejando um “Feliz Outono”… O período dos pólens deixa o meu nariz deformado.

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Mas também, às vezes, a Noite é outra: sozinho, em postura de meditação (será talvez um papel que me atribuo?), penso calmamente no outro, como ele é: suspendo toda interpretação; o desejo continua a vibrar (a obscuridade é transluminosa), mas nada quero possuir; é a noite do sem-proveito, do gasto sutil, invisível: estoy a oscuras: eu estou lá, sentado simples e calmamente no negro interior do amor.

Roland Barthes, Fragmentos de um discurso amoroso

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do-min-go

O computador aqui de casa ficou um ano sem as minhas intervenções. Formatado. Re-programado. Sem placa de captura. Sem imagens divertidas. Sem adesivos no monitor… Sem mim, totalmente. PORÉM ontem, encontrei um salvo no HD do meu irmão com uma infinidade de arquivos que era ocultos, meus, todinhos. Cartas, e-mails, poemas, fotografias… Tem um poema sem nome, hoje faz mais sentido: (não é meu, viu, não sou boa de rimas e palavras polidas)

Desejos Comuns

Conheci teus pensamentos
em uma dessas conversas ínfimas,
tua inspiração aos quatro ventos
são tão esperadas como rimas!

A maldita insuflação divina chegouc
om tal força que não houve resistência,
e tua declaração me quebrou,
destituiu-me desta incumbência!

Olhei sim, pra dentro de teu espírito
torturado por temores complicados
e por um desejo infinito,
só um monte de parlatórios inacabados.

Só seus sonhos são importantes
(eu diria depois de te conhecer)
suas andanças errantes
só fazem sua visão esmaecer!

Agora, ouça, pare de andarpor aí sem direção,
tudo pode se acabarsem sua permissão!
Mataria-te se pudesse,
sem hesitar por um segundo,
se isso fizesse revirar teu mundo!

Agora ouça-me, afinal!
Quem pensas que vai lutar
para que todo esse mal
possa finalmente se acabar?

Morra hoje, vá conhecer os condenados,
essa noite é tua, nada pode calar teu choro,
deixe para trás todos teus sentimentos enganados!
Eu prometo, amanhã tua mente será um estouro…

– – – –

que merda como essas coisas da gente se repetem, e se repetem, e se repetem… aff.

– – – –

“Não era uma personagem de ninguém, embora às vezes, mais por comodismo ou para não se sentir desamparado como obra de autor anônimo, quisesse achar que sim.”
Caio Fernando Abreu, Aconteceu na Praça XV

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Amor

Olívia era uma menina doce e tinha um namorado bonito. Olívia sorria delicada a cada piada que Roberto – o namorado – fazia. Olívia fingia não acreditar nas verdades em tom de mentira que o amado dizia. A garota esmagava cada palavra que lia e ouvia dele contra o peito e sorria, sempre. Roberto a tratava com desdém e sentia náuseas quando ela fingia estar em paz. Roberto queria intensidade, verdade, furor. Olívia queria colo, calmaria, graça. Ele a queria. Ela o queria. Queria tanto que o matou. Robertou parou de mentir.

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Preciso com urgência de alguma coisa que tome todo o meu tempo e me canse muito muito, e que seja boa.