Meus olhos estão embaçados. Tem aquela lagrima empacando no cantinho e aquele gritinho desesperado querendo sair. Eu cansei. Saco. Mesmo mesmo. Não dá pra me deixar quietinha com os meus livros, revistas e filantropias? Pensei tanto sobre a internet que chegou a me dar um troço enquanto tomava banho. As pessoas, as pessoas virtuais tem muita coragem. Sabe? Vai sentar do lado e olhar bem no olho pra ver se é assim? Sabe? Se está longe é porque é pra estar longe, saco. Entende? Me deixa aqui, quietinha, na minha, eu não incomodo ninguém, saco. Eu não sou um fake, eu não tenho avatares, eu não futrico na vida de quem não me interessa. E quer saber? Eu nem me importo. Só me deixa assim quietinha, com as minhas coisas, entende? Essa merda de internet tá pior que cineclube na quarta, que todo mundo se conhece e tem que mudar os bancos pra poder ver o filme em paz fazendo de conta que tudo bem tudo bom. Eu tenho vontade de escrever sim, porque as coisas não estão como eram para estar, e não estarão como querem que esteja porque simplesmentes essas coisas que não foram sempre simplesmente não podem ser para sempre. Para sempre não existe. Não existe mesmo, entende? Eu que sou ainda muito moça pra tudo isso já entendi. Mas só me deixa quieta, saco. Não precisa entrar. Não precisa ler. E, menos ainda, não precisa comentar. Não preciso de palavras doces e comparativas e mouses na minha cabeça. Eu não preciso porque eu tenho os meus amiguinhos que me cuidam quando eu preciso chorar. É verdade que eles estão cada vez mais escassos. E também é verdade que eu adoro essas virtualidades. Mas as que são do bem, tá?
Não me metam nas suas confusões. Me deixem aqui, quietinha com o meu submarino. Deixem o tramela para rir depois do último cigarro. Eu aqui, com os meus desabafos desencontrados e vocês aí. Oquei?
Então tá, estamos todos super conversados. O meus msn é: carla.arend@terra.com.br. Eu prefiro assim.
Ponto final. Nova linha. Travessão. Boa noite.
Tramela 