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nostalgia

é foda ficar lembrando, mas dia 30 do ano passado, exatamente às 16:30 eu estava voltando pro Brasil. A Gaella me abanava e chorava no Terminal Retiro e eu retribuia a despedida, toda faceira, vindo de volta pra casa.

e hoje eu estou em casa, montando etiquetas pra um catálogo de varejo, ouvindo los hermanos, comendo chocolate e vasculhando sites de especializações com becas na espanha. ai ai…

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amizade e super poderes

tem dias que a gente acha que pode com si mesma, ontem, por exemplo. depois de mandar o senhor endocrinologista tomar no devido lugar e vivar sei lá quantas cervejocas com o seu Baisch no sol sertanejo das 16horas na Avenida Presidente Vargas, senti que tinha super poderes. descobri que virarei o ano sozinha em casa, desde hoje até o bendito dia 02 do próximo ano. fiquei tão faceira que simulei uma estrelinha no gramado dos fundos enquando a mãe regava o pé de pitanga. a minha melhor amiga dos tempos do colégio ficou solteira. sim. depois de quase quatro anos e eu bem sei o que é ficar solteira depois de quase quatro anos mesmo sem ter namorado quase quatro anos. bom, aí eu levei ela no Macondo. a carinha dela não foi das melhores quando começou a ver “aqueles homens lindos” se querendo tão bem. pra sorte da minha vida, da dela e da dele, eu tenho amigos ainda heterossexuais e também solteiros. me sinto com super poderes quando consigo que duas pessoas que eu admiro tomem parte uma da outra, ainda que apenas em uma noite verde. ainda que para isso eu tenha que também sentir como é com um abraço demorado de um desconhecido e querer aquilo pra sempre, mesmo sabendo que não vai ser.

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regrarias

Você já teve a sensação de estar no lugar errado? Já teve a sensação de que em qualquer outra parte você seria mais necessário e feliz?

Eu sim.

Ter todas as possibilidades e nenhuma. Pode ir para onde quiser e não ter um plano. Ter preguiça de lavar os olhos ao levantar e desanimar-se com qualquer vento que leve a franja pra outro lado.

Nunca estive tão desmotivada na vida.
Nenhum plano segue. Nenhum trabalho termina. Nenhuma cerveja acaba. Nenhum brinde à vida. Nenhum sorriso gratuito. Nenhuma vontade de chorar.

Todas as vontades de gritar e de gritar alto. Soubesse o quê, gritaria agora.

Ir. Ir. Ir. Perder-se em qualquer lugar. Não há motivos para não estar aqui. Haverão motivos para estar lá, onde quer que lá seja? Haverão bons motivos e vontade de nunca mais voltar?

Preciso de uma garantia. Apenas uma. Uma garantia de mão pra apertar, uma garantia de imposição de voz: fica aqui, fica bem. Eu ficaria. Eu ficaria para sempre se tivesse alguma certeza, alguma garantia de que é aqui o lugar.

Não quero mais o movimento sem sentido.

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Tramela Privada

Tá. O Tramela agora é privado. A vida da autora é privada. Ela meio que abomina os comentários anônimos, ainda que despertem muita curiosidade e, vez ou outra, pena. Também é hora de mudar o layout. Mudar os textos. Mudar tudo.

Sabe-se-lá.

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Natalina Mau-Humorenta

Nunca tinha não gostado tanto de um Natal.
No ano passado, exatamente a esta hora, eu estava sentada no telhado com um colombiano, sentindo saudade de casa, bebendo vinho e fazendo planos para o futuro.

QUE VENHA 2009. lo-go.

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O Drama das Coisas


As coisas me sufocam. As minhas coisas me sufocam. Elas sem mim serão elas, serão coisa, eu sem elas serei o quê? Serei eu sem as coisas, simples. Preciso apenas de atitude.

Descoisificar-me é a meta para antes do próximo ano. Abrir caixa por caixa e inutilizar coisas que já são inúteis. Tenho gira sóis de lapela, cartola vermelha, perucas, paetês, coco de silicone e muitos, muitos recortes de jornais e revistas. Tenho trinta e dois colares desses compridos de bolotas e correntes e coisas assim, sem contar os colares delicados que ficam em caixinhas protegidas por algum veludo preto. Ter trinta e dois colares é totalmente desnecessário. Farei um blog para vender os colares, as revistas, os sapatos e alguns livros. Tenho armações de óculos antigas. Tenho óculos do pai, da mãe, da vó.

Ainda tenho todas as apostilas da faculdade. Tenho as apostilas de Buenos Aires. Tenho as apostilas da especialização. Tenho os textos dos estudos de cinema. Tenho os certificados, os diplomas e mais de 40 crachás com suas respectivas cordinhas. Tenho as passagens do mochilão, os folders dos hostels onde parei, as bandeiras dos países. O guardanapo assinado pelo caminhoneiro que nos desceu a Cordilheira dos Andes. Tenho uma rolha, uma tampinha, um chocolate colombiano, um envelope de tóxico, aspirinas francesas, esmaltes espanhóis e moedas mexicanas. Tenho mouses, caixas de som, teclados e fones de ouvidos. Tenho uma placa de captura enferrujada e uma camisa azul furada.

Eu guardo as coisas para ter lembranças. Prevejo alguma amnésia. Prevejo alguma solidão maior. Pra isso eu tenho as coisas, tenho as fotografias, as réguas, os clipes coloridos, as cartas, as canecas, as chaves, os chaveiros, os frascos de perfumes que acabaram, os desenhos, os bloquinhos e a embalagem tri massa do Presente de Natal de 2002. A gente nunca sabe quando vai precisar do nariz de palhaço, do chapéu mexicano ou daqueles pingentes de pedra, né? Habermas explica.

Descoisificar-se é mais difícil do que parece. É como decidir acabar um namoro. É como desnudar-se. Pelo lado positivo, é ter espaço para o novo. É libertar-se. Abrir-se para coisas novas. É refazer-se. Huahua.

Eu sei lá, são tantas coisas sem valor, sem utilidade, sem motivo. Essas coisas são eu e eu não quero mais ser elas. Fim. Brechó de garagem amanhã, incluindo a panela pipoqueira que, graças a alguma força, não dei de presente. Venderei tudo baratinho, dando pra comprar uma passagem de ida, vendo até a flor de vidro que ganhei em uma noite feliz.

=)

(…) Pode-se considerar o capítulo central da História e Consciência de Classe, fundado na análise da “coisificação” (Verdinglichung), como uma síntese potente e original da teoria do fetichismo da mercadoria de Marx, e da teoria da racionalização de Weber. Fusionando a categoria weberiana de racionalidade formal – caracterizada pela abstração e quantificação -com as categorias marxianas de trabalho abstrato e de valor de troca, Lukács reformulou a temática do sociólogo alemão na linguagem teórica marxista. De outra parte, sua extensão da análise marxiana da forma mercantil, e da “coisificação” a outros domínios da sociedade e da cultura, se inspira diretamente nas análises weberianas da vida moderna, impregnada pelo espírito capitalista do cálculo racional(Rechnenhaftigkeit).

Com o desenvolvimento do capitalismo, a “coisificação” termina por englobar o conjunto das formas de emergência da vida social; começando pelo Estado, pela administração, pela Justiça e pelo Direito. Se trata, segundo Lukács, de uma homogeneidade estrutural constatada por “todos os historiadores clarividentes do capitalismo moderno”. Quem são essas personagens clarividentes? O único exemplo mencionado é, não por acaso, Max Weber…Citando numerosos textos, entre eles a seguinte passagem de Economia e Sociedade: “A empresa capitalistamoderna repousa interiormente antes de tudo no cálculo. Tem necessidade para existir de uma justiça e de uma administração em que o funcionamento possa ser, também, ao menos em princípio, calculado racionalmente segundo regras gerais sólidas; como se calcula o trabalho previsível efetuado por uma máquina”. Também com base em Weber é que vai analisar o sistema burocrático, colocando as descrições aparentemente “neutrais” do sociólogo de Heildeberg ao serviço de uma crítica feroz ao caráter inumano e reificado dessa racionalidade administrativa puramente formal e sua “depreciação crescente da essência qualitativa material das “coisas”. (…) Michaël Lowy

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último dia

dezessete e vinte e cinco e o DVD com o banco de imagens da rede do meu coração vai-se gravando. ficaria emocionada se tivesse uma semana inteira sem-nada-pra-fazer, mas, enlouquecida que sou, já tenho um projeto de zine, um projeto de curta, um projeto de estampa e um projeto de vida pra colocar em prática neste período. e, além dos projetos, um folheto de ofertas!

ê beleza!

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nostalgia

ando cansada de dar passos largos e pulos no infinito… o longe nunca chega e o perto me deprime

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burguesinha

Bom, seguindo os passos do menino listrado Marcelo, hoje fui aos correios adotar a cartinha do Papai Noel. Fiquei impressionadíssima com a ambição das crianças. Até notebook elas querem. Risos.

Mas, sabe? Dá um nó na garganta ver aquele monte de palavras mal escritas expressando sentimentos tão verdadeiros. Tinha uma que não queria uma “coisa”, mas um emprego pra mãe dela. Tinha outra que precisava de qualquer consola, portadora do HVI, 9 anos, o pai foi embora com a tia e a mãe também está doente. Ela não pediu pra ser assim. Simplesmente aconteceu.

Aí que eu me sinto uma tremenda egoísta reclamando de ter que trabalhar numa sala toda bonita e fresquinha só porque eu enjôo rápido das coisas. Me sinto mal porque eu estou juntando grana pra ir fazer um curso em Milão. Aí eu passo noites e noites pensando na vida e em como ela é difícil e se estou no caminho certo e que ganho pouco e que sou esperta demais pra estar morando na província e que eu poderia ir pra Buenos Aires e trabalhar por lá, ou pra São Paulo, ou pra Cidade Alegre e que tudo isso aqui é uma tremenda perda de tempo.

Poderia me eximir de qualquer culpa dizendo: cada realidade é uma realidade. Mas não é, enquanto a gente faz planos de viagens e compra livros sobre todos os discos que precisa ouvir antes de morrer e lê romances, um monte de gente (UM MONTE) só precisa de alguma coisa pra comer e manter-se em pé. Isso é muito foda.

Eu não sei o que fazer. Por enquanto, amanhã farei uma criança dormir feliz.

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EU PRECISO DE UMA IDÉIA GENIAL PRA GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO, SEM TRABALHAR.

EU PRECISO DE UMA IDÉIA GENIAL PRA GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO, SEM TRABALHAR. EU PRECISO DE UMA IDÉIA GENIAL PRA GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO, SEM TRABALHAR. EU PRECISO DE UMA IDÉIA GENIAL PRA GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO, SEM TRABALHAR. EU PRECISO DE UMA IDÉIA GENIAL PRA GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO, SEM TRABALHAR. EU PRECISO DE UMA IDÉIA GENIAL PRA GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO, SEM TRABALHAR. EU PRECISO DE UMA IDÉIA GENIAL PRA GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO, SEM TRABALHAR. EU PRECISO DE UMA IDÉIA GENIAL PRA GANHAR DINHEIRO, MUITO DINHEIRO, SEM TRABALHAR.

OK?