Mês: janeiro 2008

hehe.

eu não soube onde colocar as mãos. é. eu, tãããão descolada que sou, não soube onde colocar as mãos. não soube responder a nada. nem quando ele disse: tá chovendo, ah, não, não tá chovendo… ele disse porque eu estava segurando a sombrinha globalizada. depois ele falou coisas sobre datas e eu não consegui nem dizer quem sim nem dizer que não. apenas sorri, acho que sorri… um gota de suor escorreu pelas nas minhas costas. acho que nem dei tchau. peguei a coisa e saí. ele nem sei. me viu. sorriu e conversou. tentou conversar, ahh, eu nem dei conversa, mas eu queria: queria dizer: um baiiiiiiiiiita sol lá fora, vamos? ainda não almocei, vamos? depois a gente pode tomar um chá e falar sobre nossos trabalhos.

*agora são 18:53, comecei a escrever este post 15 e tantinhos. ficou meio desconexo, mas o que eu queria dizer é que eu fiquei bem boba hoje, e olha tche… fazia muito tempo que eu não ficava bem boba sem saber o que fazer, tipo véspera de primeiro beijo. bem bom!

E hoje não. Que não me doa hoje o existir dos outros, que não me doa hoje pensar nessa coisa puída de todos os dias, que não me comovam os olhos alheios e a infinita pobreza dos gestos com que cada um tenta salvar o outro deste barco furado. Que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e posteriores ainda.

_
Caio Fernando Abreu*

**ai ai.

recompensa-se.

E o Cerrito foi o último evento do final de semana vivido com os amigos divertidos. Dor de rir, já sentiram? Dor de tanto rir. Conversamos sobre as fimoses e investimentos na bolsa. Aranha no rio, vôlei-art no areião, cerveja na recepção, na casa, no bar, na rua. Brigadeiros na madrugada, gramados, geração-saúde. Penetras divertidos. Planos.

Ando apaixonada por todos eles. A-aham.

correu mais de cinco quilômetros em direção ao sol. já não sabia para onde se jogava. precisava tocar o céu. precisava alcançar o limite. precisava chegar ao fim. precisava porque se impunha.

morreu antes, não viu o buraco.

_oi querida!
_oi…
_deixa o dinheiro (pegando na minha bolsona) ali na mesinha e relaxa.

(sentou do meu lado)

_e então, me conta da tua semana!
_ah, foi aquela correria de sempre… no final de semana fui pra porto alegre e extrapolei… champanhe, tinha muita champanhe.
_ah querida, que bom que se divertiu. champanhe é bom, você sabe… vinho também!

(pensei, e cerveja? devo contar do whisky e de toda a cerveja? humn)

_e o intestino?!

(que saco, não sei do meu intestino, mal sei do meu sono e ontem de noite esqueci até de escovar os dentes!)

_olha doutor, não me lembro direito do intestino…
_quanto tempo você tem pra mim hoje, querida? queria te mostar um vídeo sobre a importância do intestino.
_tenho até dez pras duas.
_ok, é um vídeo oriental que mostra um intestino bom e um intestino mal.

(faziam 20 minutos que eu tinha almoçado e ele me mostra o interior de um intestino cheio de caquinha, entendem?)

_podemos parar, doutor?
_sim, a partir de agora começam a mostrar umas coisas nojentas.

(??)

_e como tá essa cabecinha? você sabe que existem quatro de você em você mesma?!
_minha nossa, coitada de mim! oh!
_sim… vocês são quatro!

(vocês não merecem ouvir isso)
(vinte minutos mais tarde)

_e querida, você tem que se amar!
_sim doutor, aproveitarei o carnaval para isso.

algumas coisas são certas, caso eu tenha um futuro: beberei vinho e terei um divã. acho trèchik (haha) esse negócio de andar com roupões escuros, fumar com piteira e beber com as mãos trêmulas borrando o batom e as velhas fotografias. será? será que terei um papel de parede que um dia foi bonito e serei conhecida como a esquisita do prédio? às vezes eu penso que sim.

outras vezes penso que não. eu posso escolher a casa bem arejada, os filhotes felizes, os móveis planjeados, as vitaminas e o pão com gergelim.

coisa estranha isso de pensar que dá pra construir qualquer coisa. preciso dormir.