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atualizacao #buenosaires

nao tenho o que atualizar, eh sabado, 11h, tomei cafe e tou deitada no sofa branco olhando pro ceu azul lah fora. ainda nao tenho vontade turistica de sair pra lugar nenhum. o supermercado disco eh emocionante e eu estou sem acentos.
ontem teve festinha de boas vindas, as gurias tem uns amigos muito legais. o tulio, velho conhecido tomador de quilmes, veio. ainda bem que ninguem quis sair pra baladinha. hehehe.

que preguica de fazer qualquer atividade. tao boa essa vagabundagi.
ah, quebrei 5 copos ao mesmo tempo, lavando a louca. hahahahaha…. nha.

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halls de melancia


e o primeiro post desde buenos aires. tou tossindo um pouco, menos do que ontem, em sao gabriel. nao eh gripe porcina, porque eh a mesma tosse seca e nervosa da semana passada – quando ainda nao tinhamos nenhum caso da influenza na santa maria. acabei de acordar, meio de susto, dormi duas horas no quarto das gurias – enquanto elas estudavam. agora a lu voltou e deveremos ir ao supermercado. ainda nao desci do apartamento – claro, estava lah embaixo antes de subir. buenos aires parece a mesma. talvez um pouco mais madura.

disseram algo como que, se a cidade nao muda pra gente, a gente muda pra ela. ou sonhei. mas achei bonito. nao mudar de se mudar, mas mudar de se adaptar. a cidade segue igual, sempre, as pessoas em seus estagios diferentes eh que vao e vem delas, construindo as paisagens e deixando memorias.

eu vou la antes de terminar o halls de melancia, porque as empanadas da tarde jah se diluiram no meu sistema digestorio, estou louca para caminhar pelas calcadas de palermo e deixar que as luzes das casas se acendam pra mim.

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desapego [final]

com cuidado, retirei do armário os casacos que não saíam pra passear há mais de três anos, pendurei no varal pra que tomassem sol. não demorou muito pra que os perfumes acumulados neles trouxessem as histórias de borboletas, algodões doce e cachecóis alheios. não demorou muito, mas de qualquer forma, me apressei em acomodá-los no fundo de uma sacola de papel, pra que fossem aquecer outras garotas neste inverno.

eu não sei como estou fazendo, mas o meu armário já está metade vazio. eliminei as caixas secretas que continham brinquinhos, bilhetinhos, canetinhas e notas fiscais de eventos importantes. distribuí colares e anéis. vendi livros, lenços e guarda-chuvas. as apostilas e agendas foram pro lixo, junto com as camisetas velhas e a coleção de cartões de visita.

a gente nunca sabe, pode ser que na semana que vem eu esteja de volta, a gente nunca sabe. mas dessa vez eu quero ir com a garantia de que, ao voltar, terei espaço pra coisa nova.

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Persona, Bergman

Pensa que não entendo? O inútil sonho de ser. Não parecer, mas ser. Estar alerta em todos os momentos. A luta: o que você é com os outros e o que você realmente é. Um sentimento de vertigem e a constante fome de finalmente ser exposta. Ser vista por dentro, cortada, até mesmo eliminada. Cada tom de voz, uma mentira. Cada gesto, falso. Cada sorriso, uma careta. Cometer suicídio? Nem pensar. Você não faz coisas desse gênero. Mas pode se recusar a se mover e ficar em silêncio. Então, pelo menos, não está mentindo. Você pode se fechar, se fechar para o mundo. Então não tem que interpretar papéis, fazer caras, gestos falsos… Acreditaria que sim, mas a realidade é diabólica (…).

Sabe medo de ver um filme? Eu tinha medo desse. Até que na madrugada de ontem me joguei duas vezes consecutivas. Foi uma experiência sublime. Precisava postar. Tem uma crítica excelente aqui.

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A Viajante

Com franqueza, não me animo a dizer que você não vá.

Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.

Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida — e às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados, ficando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio — você que não chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barranca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas passou.

Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternos e fatais e, de repente, somem como a nuvem que fica para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, ficaram penando na cidade abandonada. E há também instantes bons, em terra estrangeira, melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de belezas sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele perfil de casas e chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.

Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero; aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se fica mais distraído, é de um cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.

Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa, você.

Rubem Braga

Rio, abril de 1952.

Texto extraído do livro “A Borboleta Amarela”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1963, pág. 145.

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o futuro ao estilo pertence

pra quem ainda não conhecia a tonalidade da minha cabeleira.

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o fusca amarelo de bancos púrpura

às vezes preciso pressionar os dentes, as pálpebras e os dedos entre si.
essa atividade me condiciona a estar aqui, embora todos estejamos fartos de saber que logo não.
porque é assim que eu quero. e querer é permitido.

=}

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malígno gênio enganador

ele a evoca em pequenas pinceladas, pois em seus sonhos ela é do tempo das qualidades sensíveis que detém o que ele quer segurar – como seguramos o copo de cerveja depois da terceira garrafa – por muito mais tempo que uma história. um tempo que ele encerrou naquele lugar que ocupa todo o intervalo a frente do seu presente, acima do seu passado, com suas flores perfumadas e árvores carregadas de frutos.

até quando? – perguntamo-lhe nos, os desacreditados, os mutilados, os escalavrados e abandodados do amor.
até que me permita sonhar. – responde ele, tão rude, tão sério, tão ingênuo e tão fiel, baixando levemente o rosto e olhando para trás do próprio ombro direito, retomando o pincel, farto de nossas presenças.

no entanto, pressente-se o risco – um concluio, uma trapalhada – e compreende-se a prudência de Freud.
Me voy, buena suerte y hasta luego.

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abstract

e depois eu separei os sapatos, pelo menos 10 pares estão à venda. bem verdade que os meus prediletos entre os favoritos foram escolhidos primeiro. assim como os livros. ainda não entreguei nada das coisas, rai-ai.
e o legal de não estar trabalhando é que posso me dedicar aos freelas. e olha que apareceram uns bem divertidos na semana passada, tou emocionada.
peguei 3 filmes na cesma sexta: Persona, A Cidade das Mulheres e O Quarto do Filho. não assisti nenhum deles, a máquina exibitória de DVDs não funcionou e a caixinha de som aqui do PC tá uma nhaca.
nem morri na noite de sexta pra sábado, instalei the sims e fiquei jogando até amanhecer. e quando amanheceu os pedreiros *queridos* me acordaram. tem sido assim há 15 dias, nuca vi a obra de um muro demorar tanto!
parece que o vizinho da frente vai abrir uma oficina de som para carros. imaginem a beleza da sonorização pra galere?!
ontem fomos outra vez àquela buatsy GLS, de lejos é o lugar mais divertido de Santa Maria. só que eu não sei o que me acontece, tenho passado meio mal nas baladenhas. ontem, na volta pra casa, além do banho de praxe me dediquei a passar creminho nos pés e esfoliar a pele do rosto. 6 da manhã. arrãm.
e não é tédio, sabe? fico com preguiça de arrumar as coisas. quero estar na rua. me dá preguiça de conversar com as pessoas. to contente óffiláine.

🙂

comparando ao final de semana passado, este foi muuuuito leve. beijo,