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Sábado

Acabou.
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Sexta

Toda a saudade de amanhã a gente inventou ontem.

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Quinta

Parte 1

Deseperada. Ele me deixou desesperada. As mãos geladas e uma tremedeira imensa. O céu enjoado de tão azul. Taquicardia. O dia mais bonito do mundo.
Parte 2
As mãos dadas e o nada.

Parte 3

Fuera de mí, en el espacio, errante,
la música doliente de un vals;
en mí, profundamente en mi ser,
la música doliente de tu cuerpo;
y en todo, viviendo el instante de todas las cosas,
la música de la noche iluminada.
El ritmo de tu cuerpo en mi cuerpo…
El giro suave del vals lejano, indeciso…
Mis ojos bebiendo tus ojos, tu rostro.
Y el deseo de llorar que viene de todas las cosas.

(Vinicius de Moraes)
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Quarta

Aconteceu que quando olhava para dentro de mim fui interrompida.

Ele estava assustado: um adulto frágil e assustado. Sentou-se aos meus pés. Tentei voltar-me outra vez mas foi impossível: seu corpo de homem adulto e assustado disposto a arrancar minha indiferença, seus olhos que ainda não sei definir a cor – e talvez nunca precise definir – dispostos a arrancar minha segurança. Sim! Ao final gritei que só queria que me levassem pela mão, aonde fosse, que já não me importava nada, que éramos ridículos e que ele era o mais ridículo de todos. Respiramos. Eu, pelo menos, respirei. Tenho consciência de que tudo isso que estamos vivendo deixará de existir em breve. Talvez tenha deixado de existir neste exato momento: sentado os meus pés com os olhos cuja cor não sei definir disse que sabia mentir. De aí parou-se e, pela primeira vez, me abraçou. Não pude sentir seu cheiro nem dizer que neste momento era absolutamente evidente que minha vida dependia unicamente dele. Lembrei de abandonar qualquer pergunta e me ocorreu uma intenção de adiar o silêncio. Eu gritaria, gritaria que era um martírio e que não era justo, que não podia, que não devíamos depender unicamente de outra pessoa para viver mas que naquele exato momento era tudo o que eu queria e era tudo o que eu precisava e sabia que ele também precisava imediatamente disso e que embora fossemos profundamente desconhecidos nunca tinha podido ver com tamanha transparência no meio da escuridão.

Outra vez não sei como encontrá-lo. Poderei viver milhares de séculos sem saber. Mas observem vocês: eu não aspirava nada e uma coisa assim de preciosa alvoroçou minha vida inteira. Tudo igual entre nós. Estou convencida de que olhar para dentro de mim não será, outra vez, possível.
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Terça


Hoje não o vi. Soube dele, por aqui, por ali. Mas não o vi. O dia foi mais pesado, começou num cinza amarelado e terminou amarelo avermelhado. Meio fresquinho ainda, pesado. Esqueci o dinheiro em casa e tive de me alimentar com a máquina de doces: iogurte, bolacha e iogurte. Depois do trabalho comi carne. Depois de um bom tempo sem carne. Tanto tempo. Um mês? Me preocupa o fato de ter dez dias para sair deste apartamento e não estar encontrando um novo. Me preocupam outras coisas também. Se ele estivesse aqui, certamente eu estaria rindo e tudo seria mais leve. Estaríamos rindo de qualquer realidade inventada. Mas ele não está e eu não sei onde encontrá-lo. Deveria estar angustiada. Estranho é que não estou. Não tenho o controle da situação e estou tranquila 🙂

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Segunda

Ando com uma felicidade quase insuportável: sem teto, sem grana e sem tempo. Exagerada a minha felicidade. Neste exato momento sou capaz de esquecer tudo para tomar mais um copo de vinho e ouvir essas coisas que ele diz e eu não entendo, mas são tão bonitas.

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Domingo

fiquei com uma vontade enorme de te convidar para passear, andar nas bicicletas para duas pessoas e dividir um copo de suco com dois canudos. ou de deitar na sacada e conversar sobre qualquer coisa despretenciosa, de não te saber inteiro, de não me revelar, de conversar sobre as velhinhas que passam com seus penteados curiosos. só queria passar mais tempo contigo, de não te perder, de não deixar um intervalo muito grande. mas sem compromisso nenhum, tipassim:brincar de sério e pedra-papel-tesoura. qualquer coisa para apenas te ter por perto. mas fiquei com vergonha.

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es lo que hay

nadie dijo que hiba a ser facil. ayer era más temprano. la vida es injusta. hoy es más tarde que ayer. nadie dijo que hiba a ser facil. eso es lo que hay, nena. sabés qué, pelotudo, no puedo seguir mirando un minuto más a un infeliz cómo vos. eres más pelotudo que las palomas. andá a la recalcada concha de tu abuela, hijo de remil putas.

e como num ritual sadomasoquista, se entrega a tudo o que é amargo e impossível, buscando um grande argumento.
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pirulitos voadores

suave…

ele diz.

suáááve..!
concordo imediatamente e rio. rio alto.

meu,ele diz.
meo, repito e argumento quase chamando a porra de bagaça. e rio. rio porque tenho vontade.

meu, o meu lado esquerdo é podre.
meo, tenho menos cabelo do lado direito.
meu, minha barriga dói. porque eu rio. rio alto…

suave…suaves os toques dos dedos buscando a pele,
suaves as palavras que nascem, n a t u r a l e d e s p r e t e n c i o s a m e n t e sem fazer parte de nenhum dicionário. de nenhum espaço.

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A nova roommate é francesa

Natural da frança. Com uma casa francesa que fica em frente a um lago francês e tem calçada de pedras francesas. Très chic. Très cher. J’apprends à dire de mauvais mots en français. Je veux faire le sexe toutes les ass. Sont bien, des baisers.