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Vida Privada

– Eu te conheço há 10 meses.

– ãh?

– É que eu lia o teu blog… Eu comecei a ler por causa daquele post dos Antecedentes Criminais…

Imaginem que você se acha espertinha porque colocou no Google o nome de uma pessoa que vai entrevistar no trabalho, ela é excelente, você contrata ela e depois descobre que ela sabia mais de você do que você dela. Medinho, né? Baita motivo pra pensar sobre a existência do Tramela. Imagina se eu fico famosa? Aí vão lá vasculhar meu ano de 2007 e descobrem que eu escrevi nuvem com acento. IMAGINE?

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Tomates Loucos

Fiz pública a minha fobia por tomates. Pronto. Eu odeio tomates, eu tenho MEDO de tomates. Estou há quase 20 anos me controlando com relação a isso e já não aguento mais.

Abrir meu coração aos amigos e colegas de trabalho nesse feriado me fez entender uma coisa: pode ser que a fobia venha do maldito filme dos Tomates Assassinos, porque eu via o cine trash da band quando tinha 5, 6 anos. A questão é que inconscientemente desvio a gôndola dos tomates no supermercado, evito ter de cortá-los, suspiro muito quando preciso fazer isso. Não como pizza com rodelas de tomate. Vomito se meto um tomate cru na boca. Poderia morrer se chegasse a pusar em um tomate na rua. ODEIO cheiro de tomate cru. Pronto. Não quero nem falar sobre aquelas sementinhas repugnantes.
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Leve Desespero

Não tinha o hábito de esperar muito, mas sempre terminava esperando. Esperava mesmo quando dizia que não ia esperar, mesmo quando usava qualquer oportunidade para explicar que não gostava mesmo de esperar, que era impaciente, que era impulsiva, que era mais rápida que o “normal”.

Um certo dia resolveu esperar, viu que se parecesse desesperada, daquele mato não saia o coelho. Então esperou. Esperou. Esperou. Esperou. Dizem que continua esperando, mas que meio desesperada – desesperada para dentro.

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Ensaio sobre a minha paciência.

Sabe a moça que espera na janela, com a flor no cabelo, toda donzela: essa não sou eu. A moça que tem todo o tempo do mundo, que dorme cedo, que bebe chá de canela: tampouco. A moça que aceita, que entende, que pondera: wtf?

Eu sou a guria ansiosa, a moça travessa, a mulher de€£@1%”. Eu uso rimas pobres quanto tenho vontade e calculo tudo, absolutamente tudo, quando atiro o coração pra frente e caminho ligeiro para buscar. Eu calculo até o tempo que você pode demorar para atirar o seu e, se considerar que é muito, saio correndo para resgatar o meu – eu não vou deixar ele esfriar, eu não vou deixar ele batendo fora de mim se você não estiver disposto a acelerar o passo para agarrar e tomar conta dele por algum tempo.

Sei exatamente o que você está pensando, sempre. Eu sou maga – disse uma bruxa. Bú.

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Des-Ansiedade

Domar os próprios ímpetos num exercício de re-descobri-nasci-mento: outra dela no mesmo corpo, apenas paciente. Paciente dela mesma? Domar os próprios ímpetos, conter, abafar a intensi-ansi-edade própria dela. Outra dela: tranquila. Contando nos dedos todos os minutos que faltam para o que quer que seja, tomando um chá, imaginando campos amarelos, pensando em nada.

Viver tem que ser perturbador? Sempre desprezou as coisas mornas. Agora sente que falta apenas o golpe da magia, da graça.

A coragem não afasta a ansiedade. Uma vez que a ansiedade é existencial, não pode ser afastada. Mas a coragem incorpora a ansiedade de não-ser dentro de si. Coragem é auto-afirmação “a despeito de”, a saber: a despeito de não-ser. Aquêle [sic] que age corajosamente toma, em sua auto-afirmação, a ansiedade de não-ser sôbre [sic] si mesmo.