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aqui dentro

algo assim.

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Obama e Blues

humor: feliz de whisky e blues.
situação: a chave da porta enrolou no colar. não consigo tirar as pulseiras de acrílico. a lente de contato do olho esquerdo tá dobrada e colada. não sei explicar.
humor: super feliz.
situação: gosto do meu perfume. é. estranho dizer isso, mas eu gosto.
opinião: sim, tenho uma queda tooooda especial por carecas ou barbudos ligados em música. gaita de boca é meu objetivo maior. às vezes me pego dedilhando contra-baixo nos botões.
humor: nunca estive tão tranquila depois de uma festa. me sinto leve e esperançosa.
decisão: vou aprender a tocar um instrumento.
opinião: não entendo pq duas pessoas que “se amam” não ficam juntas. é simples. é só se adaptar, so-men-te. agora vão dizer que eu não tenho experiência de namoros longos e não posso falar… ok, mas pra mim é bem simples: gosta? ama? quer dividir o papel higiênico com aquela pessoa? fica junto. acha que isso é impossível? não enrola (a menos que essa opinião seja partilhada pelas dois, claro). gente que ilude gente me cansa.
humor: apaixonada. mas ele não me dá bola. hehehe. não tem nada a ver com a opinião ali de cima. o meu amor é mais cliche. o meu amor vai surpreender. o meu amor não quer saber de samba. o meu amor é mais pra mim. é mais seguro. é mais secreto. é discreto. reto. e. tchanan. =P
opinião: deus é bão.
opinião: queijo é a melhor coisa do mundo.
opinião: calor é pior que tomate cru.
decisão: vou esperar mais três semanas pro amor chegar. a porta fica aberta todos os dias, nem precisa avisar.
situação: o olho esquerdo não abre mais, a lente está realmente colada. vou pedir ajuda pra minha mãe.
situação: santa maria B acha que namoro a Thaís. nem é, gente… só pra esclarecer a minha heterossexualidade. hehe. a gente só divide o apartamento e o desejo de adotar um cão.

beijo

humor: fabuloso, divertido, dando abraço de urso em todo mundo!

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amizade e super poderes

tem dias que a gente acha que pode com si mesma, ontem, por exemplo. depois de mandar o senhor endocrinologista tomar no devido lugar e vivar sei lá quantas cervejocas com o seu Baisch no sol sertanejo das 16horas na Avenida Presidente Vargas, senti que tinha super poderes. descobri que virarei o ano sozinha em casa, desde hoje até o bendito dia 02 do próximo ano. fiquei tão faceira que simulei uma estrelinha no gramado dos fundos enquando a mãe regava o pé de pitanga. a minha melhor amiga dos tempos do colégio ficou solteira. sim. depois de quase quatro anos e eu bem sei o que é ficar solteira depois de quase quatro anos mesmo sem ter namorado quase quatro anos. bom, aí eu levei ela no Macondo. a carinha dela não foi das melhores quando começou a ver “aqueles homens lindos” se querendo tão bem. pra sorte da minha vida, da dela e da dele, eu tenho amigos ainda heterossexuais e também solteiros. me sinto com super poderes quando consigo que duas pessoas que eu admiro tomem parte uma da outra, ainda que apenas em uma noite verde. ainda que para isso eu tenha que também sentir como é com um abraço demorado de um desconhecido e querer aquilo pra sempre, mesmo sabendo que não vai ser.

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cordodia

Vindo pro trabalho uma vitrine me faz parar: “mês do azul”, descontos de até 70% nesses tons. Como não poderia ser diferente, entrei.

_pra você, moça?
_só vou dar uma olhadinha…
_fica a vontade.

O gozado é que os púrpuras, com o dobro do preço estavam misturados com os azuis. Eu sei que é só uma questão de pigmento, mas não podem desvalorizar tanto assim. Remexia nos verdes quando voltou a moça:

_um suco?
_ah, sim!
_laranja, vermelho ou roxo?
_não tem amarelo?
_acabou.
_me dá um roxo então.

Gosto do atendimento dessa loja. Voltou a moça com o suco roxo e uns biscoitos brancos. Deliciosos. Na minha cestinha, um punhado de azuis, 4 pretos puros, um 70% de preto e outro verde.
Já estava quase saindo quando vi no alto o amarelo. Único. Ímpar mesmo. O suco roxo caiu, as bolachas viraram migalha… larguei a cesta e subi a escada de madeira de drograria antiga até o amarelo. Me apaixonei.

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olores

Muito estranho.
Acabei de sentir cheiro de Belo Horizonte na gola da minha blusa. Talvez da toalha do Hotel. Talvez da toalha do bar. Talvez da seca da Pampulha. Cheirei de novo, sem dúvida é cheiro de lá. Mas que coisa. Será do ônibus?

Estranho.

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mau humorentinha

Uma mão cheira a cigarro, outra, pirulito. Quem sabe o cachecol ainda cheire doce e os meus lábios ainda tenham o amargo dos teus beijos (isso é viagem). Gosto de amargo, tu sabe. Que estranho ser uma estranha na cidade e já cumprimentar dois no mesmo dia, na mesma quadra… “dae carlinha, de folga?!”… “ó moça, que folga é essa?! Sorvetinho…”. e daí? Agora ninguém mais pode lambuzar o queixo de sorvete e sair em busca de coisas como fonesdeouvidophilipspretos e hidratantedemaçãverde?! “oi moça, preciso de um hidratante de maçã verde”. “não tem de maçã verde, serve de chá verde?”. “não, eu sempre uso de maça verde, obrigada”. “oi, moço, tem algum fone de ouvido Philips?!” . “não, moça, mas tem um Sony que…” . “obrigada, moço, eu sempre uso fones de ouvido Philips.”. aí me dei conta de como eu sou chatinha pra algumas coisas. Podia experimentar o hidratante de chá verde e tudo mais. Mas é que chá verde é tão de beber, sei lá. “mas manicurA??”. “sim, manicurA”. Não não carlinha, é manicurE. Ok. Veremos. ManicurE: aportuguesado do francês. ManicurO: quem trata das mãos. ManicurA: feminino de manicurO. Dada a dica… não duvidem muito do meu português de raiz. Sim, acredito nas correções do Word, mas confio muito mais no Aurélio. “Qué um pirulito?!”. “Aham”. “Esse aí podia ser teu amigo”. “Ta, mas sábado a gente vai no show dos folks”. “ta”. “combinado”. Que vontade de comer carne. Carne e queijo. “tem gente nesse computador aí”. “ah, desculpa”. “não, não tem mais”. “ahh sem vergonho, não tava querendo que eu sentasse do teu lado” . “hehe, capaz” . “onde eu digito a mtrícula?” . “faz o logout da outra guria…” . “valeu” . “cuida meu lugar aqui, já volto, heim” . “volta que eu te pego com essa camisa cor de rosa aí” (isso é viagem). “volteeei” . “grande bosta, não dá nem pra usar o msn aqui” . “é, nem orkut” . “bosta” . “vou indo, prazer em te conhecer” . “a gente se vê”. Tédio. Um pouquinho de tédio. Eu não entendo nada de radiação em design, pra mim radiação era uma coisa tããããão de física. Sei lá. Que droga também. Se pelo menos eu pudesse dormir amanhã até pelas 10h. Se pelo menos… ah. Eu queria uma massagem na nuca e um afogamento de almofadas. É, eu queria.

eu queria falar francês e morar naquele loft com pé direito alto e queria ter lido ulisses e queria ir viajar no final de semana e queria umas botas pretas na metade da canela e uma camisa roxa. isso. uma camisa roxa com botões dourados e uma bolsa de veludo vermelha ou verde. aí eu queria uma pulseira de pano bem artesanal e uns fones de ouvido. ahh, como eu queria os fones, caralho. e sabe o que?! queria não ter que trabalhar amanhã. tipo, queria o dia de folga e queria lavar meus lençóis e limpar o chão que já nem dá mais pra dormir nele… e sabe?! queria visitas urgentes. dessas de ficar em silêncio… queria que já fosse final de semana que vem, assim, antecipando o tempo e possíveis falhas. queria ter feito os cartões de natal. que espécie de redatora não consegue escrever cartões de natal?! eu queria minha jaqueta agora, tá frio. queria os cigarros de cereja e que o meu telefone tocasse, uma mensagem que fosse, a minha mãe, que fosse. queria que todos os políticos fossem bonzinhos e entendessem que uma xerocadora não é o mesmo que uma off-set. queria ser designer e ter uma griffe de camisetas e bótons e canecas. é, e queria falar inglês, também.


ponto. muitos resmungos pruma noite só.