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metade direta do cérebo congelada, com alecrim

e se fechássemos os olhos neste instante assim mais forte um pouco mais forte encolhendo os lábios de tanta pressão nas pálpebras que cor você vê? eu vejo amarelo na verdade eu vejo um pouco de amarelo sobre o preto não não sei o que isso significa talvez ânsia,

tinha que ser proibido conhecer pessoas interessantes quando se está saindo de uma cidade, da última vez que aconteceu com uma amiga, ela voltou pra cidade de onde havia acabado de sair. essas coisas do coração, sabe? eu me proibo, eu me nego. hahahahaha. medrosinha, vai lá, toma o café, não vai morrer.

e tu jah tentou pressionar os dentes os terceiros molares contra os terceiros molares até sentir uma dor e ouvir um zunido agudíssimo? é engraçado porque parece que tem alguém coletando sangue do teu braço enquanto tu sobes a serra e o ouvido fica meio tapado sabe mas engolindo uma saliva bem grande destranca,

eu só digo essas coisas, porque é muito mais fácil não ter apego. tu já não tem mais objetos pra se apegar, né? o que tu tem nas mãos agora?

quando faz muito frio eu penso que as mãos vão congelar e que os dedos vão se desprender delas tipo aqueles gelos pontudos que nascem nos congeladores das geladeiras como se fossem uns picos de cavernas secretas da terra do papai noel

a mochila e o destino. umas vezes a gente tem que ir embora não pra ganhar mais dinheiro, trabalhar menos ou ter vida mais fácil. a gente tem que ir embora pra se renovar. não que todas as pessoas necessariamente tenham que se renovar e ficar indo embora. a gente tem que ir embora pra procurar. só isso. sabe?

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a saga do apartamento

como todo mundo sabe, estou procurando apartamento na cidade grande. na verdade, ja desisti do apartamento e agora busco um quarto em qualquer apartamento. mas a coisa nao eh exatamente simples.
pela internet, elegi uns trinta e cinco. devo ter trocado e-mail com todos eles. o problema mais recorrente eh que os donos nao aceitam visitas (de qualquer especie). como voces sabem, sou a socializacao em pessoa, entao, impossivel. outro problema sao as “mascotas”. todo argentino tem, pelo menos, dois gatos eu um cachorro em casa. pra que? me diz?!
pra voces terem nocao, ontem visitei um quarto que era lindo. num apartamento daqueles classicos, com tres andares. o quarto fica na cupula, tem um banheiro recem reformado, com banheira e tudo lindo. muitos armarios, cama box, vidros duplos antiruido. lindo. a senhora dona muito simpatica, um arquiteto mexicano comendo laranjas na cozinha e SEIS, eu disse SEIS, gatos brincando entre o microondas e a torradeira. #fail

hoje visitei outros tres. impressionantes todos. me ajudem a escolher:
1) bairro do congresso (onde acontecem todas as manifestacoes – TODAS), esquina do congresso. com o endereco anotadinho e minha guiaT, chego lah toda inocente, vestida de mocinha e olho pra cima: o predio daquele estilo que tem urubus esculpidos nos cantos. meio sai de baixo com medo que alguma sacada desmoronasse sobre mim. interfonei: jah bajo, contestou a josephine. 6 minutos depois ela apareceu. lindissima, francesa. subimos eu, ela e a senhora que mora no porao (costureira e faxineira oficial do predio) em um elevador daqueles gradeados, que tu ve as cordas e se tiver um pouco apertado pro xixi se mija). chegamos ao segundo A. pe direito de cinco metros, meus olhos brilharam. existe gente no mundo que guarda mais cacareco que eu. sim. penas, plumas, almofadas, chairs, um globo de buatsy, mascaras de veneza, almofadas, filmes, quadros, tacas de vinho pela casa toda, cadeiras bonitas. enquanto eu admirava e tentava entender tudo o que tinha ali, a josephine conversava com a senhora do porao, explicando onde ele deveria encurtar as mangas do vestido e quanto da saia deveria subir. muito estilosa a moca. a casa eh desordenada, mas ajeitada. se endente? depois fomos pro quarto, onde tem ateh um piano. perguntei se o piano ficava, mas nao, o piano sai. a cama eh de casal, tem uma imensidao de armarios e gavetas. paredes decoradas. sacadinha – que tambem tive medo de pisar – chao de madeira sem acabamento. tudo naquele estilo: predio abandonado e ocupado por artistas. lindo. fiquei tao deslumbrada que nem visitei o banheiro. nesse apartamento pode-se receber visitas de qualquer especie, a qualquer hora e por tempo indeterminado. preco: mil. libera na metade do mes.
2) depois desse, me perdi um pouco, caminhei umas vinte quadras e tomei dois onibus ateh o apartamento de uma colombiana que vai sub-alquilar por dois meses. decimo quinto andar. avenida santa fe. estacao plaza italia. cobertura. a moca muito linda, o apartamento nem comento, todo bonito. ela me oferece o quarto da empregada e o banheiro que tem a ducha em cima do vaso por 1000dinheirosargentinos/mes. junto comigo ficara a prima, que trabalha o dia inteiro e nao eh ruidosa. eh proibido levar homens e fazer muito barulho. soh posso ficar dois meses. se ela conseguir mais alguem, a sala vai ser quarto desse alguem. me sobra o quarto da empregada, a ducha em cima do vaso e a micro-cozinha-pasillo. num predio rico. seguro. limpo e que s’o sera meu pordois meses. pensemos.
3) hostel: 450pesos por 15 dias. nao consegui encontrar. caminhei, caminhei e nao achei.
4) a casa do javier, segundo as gurias, meu futuro affair. fica 4 quadras daqui, o quarto tem banheiro e entrada privada. nele morariam mais 2 mocos que sao festeiros e tem dreads. dizem ser buena onda. esta bem localizado. custa 900/mes e posso receber visitas.

hoje de tarde visito mais um.
e amanha preciso vazar daqui. o rooooommmmaaaaaate das chicas me hecho. hahaha.

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testes

Cecília sempre chorava antes dos testes da escola. Tinha medo de decepcionar os pais. Tão dedicada, pobre Cecília. Estudava mais do que qualquer criança da idade dela. Estudava mais do que qualquer um, aliás. Tirava A+ em todos os testes, e ainda assim chorava antes. Era como um ritual. Estudava, estudava e na noite que antecedia a manhã do teste a menina chorava. Os pais a levaram ao psicólogo, que não diagnosticou nada além de excesso de preocupação. Cecília sempre exigiu demais de si mesma. E nunca fez isso com ninguém. Conforme foi crescendo e conhecendo o mundo, foi deixando de chorar antes dos testes. Foi para o secundário, chorou duas vezes, que se lembre. Continuou com seus positivos e preocuapações, mas deixou de chorar. Foi no vestibular que ela voltou a chorar. A situação exigia… Chorou pouco, e tomou um trago comemorativo. Daí em diante, chorava por tudo, menos pelos testes.

Ontem ela me ligou. Chorando. E disse: preciso fazer um teste. Pensei, ora bolas, menina, mas teste? Já é uma “mulher feita”, pra que? Ela contextualizou.
Ah, Cecília. Chora menina, chora e pega na minha mão, que é tua e só tua. Cecília fez um teste, seu primeiro resultado negativo. Feliz. Fez o segundo. Segundo resultado negativo. Feliz.
Cecília ligou de novo. Andava tonta e febril. Amanhã fará um novo teste. Precisa de uma mão. Chora, chora menina… chora pela nota vermelha que virá. Chora pelo negativo mais positivo da sua vida.

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do domingo…

Fui fazer pipocas com brigadeiro e queimei o céu da boca. Queimei inteiro, de sair a pele e nem poder comer as pipocas. Ainda bem que as mucosas cicatrizam rápido. Bem que o coração da gente podia ser uma mucosa. Né?! Ai cortava, queimava, sangrava e já… fechava e pronto. Tirava um pedaço e reconstituía facinho.

Lá venho eu, de novo, falar das panes no coração, se já concluí que o problema todo é que sou uma sozinha…. Hoje concluí umas coisas extras, graças a um boneco que queria aqui enrolado nos meus pés frios(:*)… O problema são as minhas solidões (vejam, já são mais de uma) e as minhas expectativas. Ou melhor, as minhas ilusões de expectativas. O problema é que eu sempre as tive, e, de repente, apaguei todas. Apaguei todas as possibilidades e os anseios. Troquei os “se” pelos “é”. É fato. Sou sozinha. “A minha alucinação é suportar o dia-a-dia e o meu delírio é a experiência com coisas reais”.

Eu não consigo sozinha. Eu não consigo porque até as cores me lembram das coisas. E eu não quero tirar até as cores da minha vida. Eu queria você aqui comigo pra que entendesse.
Eu sou sozinha. É a real, todos somos, na verdade. Eu e o meu esteriótipo, e isso tem me irritado. Como Narciso, sujeita apenas do meu sonho. Nada. Apenas a ilusão de mim. E isso é realmente triste. Eu tenho tido dificuldade com as pessoas, e eu nunca tinha. Agora, deixando a profundidade de lado o que eu quero é ficar “coloda a tua pele noite e dia” (hehehehe). Só queria te esclarecer que ainda sou muito moça pra tanta tristeza, ou coisa parecida.

É a merda da expectativa. Que me mata e me faz continuar…

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Trust us, it’ll all come together in the end.

Depois que me disseram que ando com cara de “cú com câimbras”, resolvi traçar os meus planos de dominação do mundo. hehe, vejam:

Your objective is simple: World Domination
Your motive is a little bit more complex: Evil – It’s my nature

Stage One:
To begin your plan, you must first Seduce a Town Mascot. This will cause the world to sit up and take notice, stunned by your arrival. Who is this Despoiler of all that is Good and Nice and True? Where did they come from? And why do they look so good in Classic Black?

Stage Two:
Next, you will Sabotoge the Internet. This will cause countless hordes of Cultists to flock to you, begging to do your every bidding. Your name will become synonymous with Fuzzy bunnies, as lesser men whisper your name in terror.

Stage Three:
Finally, you will Demonstrate your Doomsday Device, bringing about Pain, suffering, the usual. This will all be done from a Dark Side of the Moon, an excellent choice if we might say. These three deeds will herald the end, and the citizens of this planet will have no choice but to elect you their new god.

Trust us, it’ll all come together in the end.

domine o mundo você também: http://members.tripod.com/~mrpuzuzu/plan.html