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Segunda-feira 13

Oh freedom is mine
And I know how I feel

Recém é segunda. Chove e faz frio. Amanhã é dia de pagar o aluguel – em dólares. Foi uma segunda produtiva. Projetos aprovados. Nenhum desespero. Tudo certinho. Assisti um filme antes de escrever aqui. Antes de assistir o filme jantei queném pessoa organizada. Cheguei a revisar a agenda. Chequei se está tudo certinho, pela milhonésima vez, pro nascimento daquelo que foi o projeto onde mais dediquei tempo e carinho nesse meu trabalho. Eu gosto desse meu trabalho, sabe? Mas eu ando cansada, acho que preciso dar mais atenção pro meu corpo, mais atividades físicas, mais horinhas de sono, mais água e mais carinho. Pedi dois dias de férias e comprei passagens pra casa. Casa. Comprei passagens pra casa dos meus pais. Pra apertar os meus amigos. Pra brincar com a cã. Pra comprar livros na Cesma. Pra ver o sobrinho correr. Pra comer churrasco com salsichão de verdade. Pra comer maçã argentina que só tem no Brasil.
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Bloqueio

Antes era mais fácil escrever aqui no Tramela. Agora parece que nada pode. Comecei quatro posts hoje, não terminei nenhum. Parece que as letrinhas vão formando palavras cada vez mais privadas. Parece que vamos construindo segredos pra nós mesmas. Parece que fica tudo mais sério e complicado, e que nenhum comentário poderá nos salvar.

Deve ser só a falta de hábito.

Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim – nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência. Caio F.

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atualização


-comprei um celular por duzentos reals – com câmera;-ajudei o cara da loja do celular a vender um celular pra um americano – porque supostamente o meu inglês era melhor que o do vendedor – vendedorr porrtenio fail;-o tal do americano era um publicitário fódis que veio pra gravar um comercil muito importante;-fomos no cinema e de novo não conseguimos ingresso – cinemark alto palerrmo pop rico fail;-quase desmaiei no ônibus porque fazia MUITO CALOR, oito e meia da manhã;-a linha D, do subte, estava com atraso de 30 minutos e quase desmaiei no subte;-faz muito, muito calor e as persianas metálicas da firma estão me proporcionando um puta bronzeamente artificial grátis no braço direito – marca de caminhoneira fail;-tou feliz porque chegam dois amigues e um vai ter casa com piscina o fevereiro todo \o/;-um taxista disse que eu tinha um pescoço, uns cabelos e uma cara de sono sexy – latin love taxi drivers;-emagreci quatro quilos \o/;-to com saudade das aulas;-to com saudade de casa;-to com saudade do inverno;-to com saudade do inverno;-to com saudade do inverno;
-tou serelepe =)

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O Glamour de Palermo

Moro num bairro bacana. Não o mais caro. Para mim, o mais divertido. Prédios menores. Casinhas. Um monte de verde. Ruas estreitas cuidadosamente adornadas por paralelepípedos. Caminhos seguros e iluminados. Fashion. Hotéis Boutique. Cafés charmosos. Feiras de design. Gente cool. Cool de enjoar. Livrarias e papelarias. Pra ir à faculdade caminho 3 quadras. Na volta o colectivo nos deixa na esquina. O mais longe que caminho para tomar um ônibus são cinco quadras. Nessas cinco quadras moram três mendigos. Ontem chovia e eu reclamava do cabelo arrepiado quando um rato cruzou por cima do saco plástico suado que cobria a cama de um deles, com ele embaixo.

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cléris

… quanto tempo! Não acreditei que era tu hoje de manhã, desde quando tas por aqui? Aonde que ta agora?, voltei do parque e não te encontrei mais… Ficou de cara porque não te levei junto? É que tenta entender… a última vez que nos falamos foi há uns que…?, pelo menos 15 anos! Sim… acho que foi quando tu me incentivou a pegar todas as essências de sorvete da mãe pra colorir a areia da construção e fazer bolinhos confeitados, né? Ainda bem que eu não apanhei. Eu sempre tinha medo de apanhar, mas nunca apanhei. Tu ficou brava porque eu contei pra mãe que tinha sido tu e por isso foi embora? … boba. Eu senti a tua falta. Tanta coisa aconteceu e tu não tava junto pra eu contar… Aonde é que tu te meteu? Voltou pra cidade dos teus pais? Como eles tão? Sabe que depois que tu não veio mais eu parei de falar com as outras também. Elas eram muito fofoqueiras. Tu sabe que eu não gosto de fofocas do mal, só dessas de mulherzinha tipo: “o fulaninho tava te olhando no recreio”… Que saudade da gente. De ficar toda a tarde embaixo da pitangueira fazendo de conta que éramos madames. Tu era a madame, eu sempre achava mais divertido ser a empregada. Hahaha. Eu era mais espertinha, né? Porque as madames ficam sentadas e as empregadas ficam fazendo coisas divertidas, tipo indo no supermercado e embalando os bebês. Sabe que agora eu vou sozinha ao supermercado?! Já faz tempo, na verdade… Muita coisa aconteceu, mas agora eu vou ao supermercado sozinha e tenho que comprar coisas tipo “tomates”. É. O mais bizarro que comprei no mercado foi SODA (pra limpar a banheira). Ia ser mais fácil e divertido se tu fosses comigo no mercado. Já pensou?! Eu te empurrava no carrinho e tu ia pegando as coisas. Ninguém ia nos xingar por fazermos bolinhos confeitados. Não fica brava porque não te levei comigo no parque hoje. É que eu ia com meus colegas do mestrado, e já é bastante bizarro ir a um parque de diversões com gente que tem quase 30 anos, imagina se eu te levo? Iam dizer que sou esquizofrênica (é uma doença, depois te explico), porque já me tiram pra meio louquinha. Mas olha, um dia vamos só nós duas! Tu precisava ver, fomos em 3 montanhas russas e eu até vomitei (é que comemos hambúrgueres e batatas fritas) (e eu já to meio velhinha pra esses fast-foods). Como tu me achou aqui? Sei que tu é meio mágica… mas queria entender porque veio depois de tanto tempo. Vou deitar ali, queném ontem, e te esperar… Tenho tanta coisa pra te contar, tanta coisa.

Vou te esperar com o livro de historinhas embaixo do travesseiro, escondida da mãe (é, agora já não moro com a mãe, tu sabe) (pode vir qualquer hora, então) (cutuca de levinho no ombro que tiver pra fora do edredon) (o sono tá levinho). beijo.

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compartindo departamento en DIEZ lecciones:

1) A água não vai sozinha dentro da forminha de gelo que está no freezer. Alguém precisa colocar. Se este alguém não é você, com certeza é seu roommate. Se ele coloca água lá pra virar gelinho é porque também gosta de bebidas frias. Não, ele não faz isto pra agradar você. Portanto, toda vez que você retirar uma pedrinha, coloque água pra construir outra. Não, não é mágica. E não, não homossexualiza.

2) O fogão não se auto-limpa enquanto você tira aquela sonequinha gostosa depois de comer batatas-fritas e um bife engordurado. Nem o chão. Se ele não fica um grude depois da sua rica refeição não foi uma fadinha que passou por ali e atirou algum desengordurante. E se não foi você, quem foi?
3) O banheiro não é seu. Todos os produtos que estão lá são seus? Algo está errado. Onde os outros guardam seus shampoos?
4) O lixo não se desintegra. Alguém precisa tirar.
5) Se você fuma, e, principalmente, se você fuma maconha, faça isso em um lugar onde possa desfrutar do aroma sozinho. A menos que você seja generoso e seus roommates também curtam isso nos horários em que você bem entender (tipo 9h da manhã) guarde o prazer só pra você.
6) É quarta-feira e você é bem sociável e resolveu que, depois da faculdade, onze da noite, vai levar metade da sua turma pro apartamento e dar uma festa tri-divertida. Ainda bem que você tem o celular dos seus companheiros de casa, assim vai ligar antes de chegar com a galera e a cerveja e ver se no outro dia eles não têm algum compromisso tipo sete da manhã.
7) Que pena que você não tem grana pra comprar um frigobar e poder guardar todas as suas coisas no seu quarto. A geladeira velha da cozinha é de todos e também sua. Não deixe as sobras de cinco semanas lá, ocupam muito espaço e fedem. Não mantenha cebolas pela metade em cima do doce-de-leite do outro. Não beba a coca-cola se não foi você quem comprou. Não suje as prateleiras com catchup. Não guarde nada, absolutamente nada, em potes sem tampas. Faça o favor de não esquecer nenhuma cerveja no freezer, congeladas elas estouram.
8) Que bom que você tem uma banda! Procure um amigo com família e garagem pra ensaiar.
9) Acabou o fósforo? Que merda, heim? Quem foi que comprou a última caixa? Também aconteceu com o papel higiênico e o com detergente? Poxa, que barra. Sinto muito.
10) Loça-auto-limpante é o sonho de todo mundo. Ahhh. Mas não, não existe. Evite os descartáveis, quanto mais sujeira você produz, com maior frenquência terá de tirar o lixo. É bem legal lavar a louça ouvindo música – com fones bacanas.

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rapidinhas

dois dos meninos mais novos com quem eu vivia foram embora. agora estamos eu e outro. fui na lavanderia ontem e consegui desbloquear um celular – não o sony w320, claro. teve conferência com uma artista brasileira e só eu e a lú entendemos, porque ela conseguia ser muito pior que nosotras, em termos de espanhól. depois um colega fez aniversário e fomos jantar. a colônia de colombianos de Buenos Aires me trata muito bem. disseram que eu tenho acento de americana, e juram de pés juntos que desde a aula inaugural pensavam que eu era. três deles são vizinhos. eles bebem cerveza e eu chá. acho que deve ser esse clima que tira a minha garganta do sério. ou uma macumba nova. não sei. tenho um livro pra ler até as 16h. beijo!

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SUSPENSIÓN DEL ENCUENTRO LATINOAMERICANO DE DISEÑO 2009

La Coordinación del Encuentro Latinoamericano de Diseño informa que la IV Edición del mismo ha sido suspendida como medida preventiva a raíz de la epidemia declarada de gripe A (N1H1) en Argentina.

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enfim, tou com a vida suspensa.
suspenderam o encontro, suspenderam os cinemas, os teatros e as matrículas. ESTIMADOS, por favuer: suspendam o mc donald’s e suas demoras de 20 minutos também, então. por favor, suspendam os senhores reclamões e as mulheres faladeiras. suspendam a dor de cabeça e o desejo de um notebook novo. suspendam a chuva da santa maria e o sono dessa vida. suspendam as esperas e as expectativas.

percebi que tentar andar sobre caminhos suspensos me deixa nervosa. muito nervosa. não quero. nhá.

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Já é dia 24?

Eu tô sentindo que a galera anda entediada, não tão ouvindo nada e não tão dando risada: E aí qualé vâmo lá moçada, vâmo mexe, vâmo dá uma agitada! Esse nosso papo anda tão furado: é baixaria come-come e bunda prá todo lado. Eu quero me esbaldar quero lavar a alma, quem sabe sabe quem não sabe bate palma. E prá celebrar a nossa falta de assunto vâmo todo mundo cantar junto (Ueba!):
Eu não tenho nada prá dizer
Também não tenho mais o que fazer
Só prá garantir esse refrão
Eu vô enfiar um palavrão: Cu.

Ultraje A Rigor